Clipagens

Espaços na academia e no poder público



A criação da Coordenadoria de Fotografia na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em junho, sob responsabilidade de Geyson Magno é um dos reflexos gerados pela organização do setor. Esta demanda era defendida pelos representantes da área nas reuniões setoriais e a própria indicação de Magno veio de sugestões dos fotógrafos. Antes, o setor estava em uma coordenadoria conjunta com cinema e vídeo. “A minha vinda surgiu de um anseio da setorial, vista com bons olhos pela Fundarpe. Meu pensamento é fazer com que as prioridades do setor sejam atendidas”, afirma Magno. “Acredito que, pelos documentos, o Salão de Fotografia é uma destas prioridades e deve ser pensada com muito carinho.” A primeira ação da coordenadoria foi uma exposição com os vencedores do Concurso de Fotografia Pernambuco Nação Cultural, no Festival de Inverno de Garanhuns deste ano. Entre os próximos planos, está cogitada uma parceria com a Prefeitura do Recife para a realizar a Semana de Fotografia do Recife. “Ainda não tenho a confirmação, mas tenho uma reunião com Luciana Azevedo (presidente da Fundarpe) esta semana”, diz Magno. Outro exemplo do fortalecimento da fotografia no Estado é a presença crescente do setor no meio acadêmico, sinal de que as pessoas também estãos interessadas em refletir sobre o assunto. O primeiro bacharelado em fotografia de Pernambuco é o das Faculdades Integradas Barros Melo que está em seu segundo ano (o primeiro do Norte-Nordeste e segundo no Brasil). “O bacharelado veio suprir uma demanda dos profissionais que não tinham formação específica. A formação acadêmica, mais do que técnica, mostra essa necessidade de reflexão”, resume a coordenadora Georgia Quintas. Atualmente são seis turmas, com cerca de 60 alunos cada (nas primeiras havia cerca de 15). Entre eles, há profissionais experientes e iniciantes, como a jovem Fernanda Mafra, que teve um trabalho selecionado pelo catálogo de fotografiada Arte Plural. Fernanda, que trancou a faculdade de filosofia neste semestre e agora dedica-se apenas ao bacharelado avalia que “o curso é bem amplo, com um base teórica grande para quem quiser seguir essa área. Aprendemos a pensar a fotografia, não só a fazer”. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) já demonstrou sua intenção de abrir um curso tecnológico de fotografia, com duração de dois anos.

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