Formação nas agências-modelo
Adquirir experiência profissional é o objetivo da maioria dos estudantes recém-ingressos nos cursos de graduação. No caso dos alunos de publicidade, algumas faculdades facilitam essa tarefa oferecendo um ambiente de trabalho que em muitos aspectos se aproxima do que eles encontrarão no mercado de trabalho: são as agências experimentais. Desde 2002, funciona nas Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso) a agência Inata, através da qual alunos do curso de publicidade realizam trabalhos para organizações não-governamentais (ONGs), micro e pequenas empresas. “Aqui na agência todo o trabalho é realizado pelos alunos. Nós professores orientamos, mas com a preocupação de nunca fazer por eles”, explica Andréa Corradini, uma das coordenadoras da Inata. Confira, abaixo, vídeo sobre o assunto: A agência dispõe hoje de sete estagiários, com a remuneração em forma de abatimentos nas mensalidades da faculdade. O período máximo de estágio é de um ano, para que haja rotatividade e mais alunos possam passar pela experiência. A universitária Elisa do Nascimento, de 19 anos, encontrou seu primeiro estágio na Inata. “Aqui a gente consegue sentir como é o clima de uma agência, além disso a experiência abre muitas portas”, afirma. Já o aluno Felipe Texeira, de 21 anos, fez o caminho contrário. Ele chegou a estagiar numa agência de publicidade, mas deixou a vaga para ingressar na Inata. “O objetivo principal do estágio é aprender, e no mercado algumas vezes você não tem tanta oportunidade. Aqui os professores estão sempre monitorando, o que é um diferencial”, diz o rapaz. Os estudantes do curso de publicidade da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) contam com a agência experimental Aê, criada em abril de 2005. A agência prioriza as demandas internas da instituição de ensino, mas também realiza trabalhos para ONGs. “A agência trabalha como uma ponte entre a academia e o mercado. Não adianta fingir que é mercado porque não é”, explica o coordenador da Aê, professor Fernando Fontanella. De acordo com Fontanella, a maior parte dos estudantes chega a Aê com “o currículo em branco”. Na agência, eles têm a oportunidade de assumir responsabilidades e pôr em prática os conhecimentos de sala de aula, tudo isso com acompanhamento dos professores. “A Aê já faz parte da cultura do curso. É um espaço de convivência, o que é muito importante em publicidade, onde metade do que você aprende vem da interação com os colegas”, diz o coordenador. Hoje, a Aê tem quatro estagiários fixos, que são remunerados, e mais seis voluntários, que não precisam cumprir horários. O tempo máximo de estágio é de seis meses. A ideia é que, durante esse período, os alunos construam seus portifólios para que possam conseguir estágios nas agências de publicidade. Foi o que aconteceu com Ana Luíza Siqueira, de 24 anos. Hoje formada, ela teve na Aê sua primeira experiência prática em publicidade. “O estágio na Aê foi essencial. Foi o momento em que eu pude errar, para não errar no mercado de trabalho”, afirma a jovem, que também ressalta a importância da orientação do professor em todo o processo. Depois de concluir os seis meses de estágio, ela passou por experiências em outras agências e, no final do ano passado, conquistou seu primeiro emprego. RECONHECIMENTOAs experiências e conquistas começam na universidade, mas quando chegam no mercado de trabalho, os profissionais se preparam para outras conquistas. Uma delas é o Prêmio Neurônio, promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, que elege as melhores peças publicitárias veiculadas em jornal, internet, rádio e televisão. As inscrições para a 15ª edição do Neurônio podem ser realizadas até o próximo dia 31 de setembro, através do site www.premioneuronio.com.br.