Clipagens

Em qualquer lugar e a qualquer hora. O trabalho de fotógrafo não tem dia, muito menos hora marcada. Ainda mais quando a especialidade é o fotojornalismo. Para os amantes de moda e publicidade, o dia a dia, geralmente, é dentro de estúdios. Mas sempre tem aquele editorial que precisa ser feito às 5h da manhã, bem no centro da cidade, com o termostato nas alturas. Para ser fotógrafo e encarar situações como essas, é preciso sentir prazer no que se faz e ter disposição para um dia diferente do outro. Afinal, ele nunca sabe quem é o próximo a estar na frente das lentes. É o caso dos freelancers também. Léo Caldas, da Titular Agência de Fotografia, por exemplo, presta serviços para grandes editoras como Abril e Globo e o jornal Folha de São Paulo e, apesar de ter um pouco mais de liberdade que em outras áreas da fotografia, garante que a rotina é bastante puxada. "Muitas vezes precisamos viajar, ou tem semanas que são cheias de pautas. Varia muito", afirma. Mesmo com grandes contas ele garante que dá para ter uma folguinha de vez em quando. Que não é bem uma folga "Nem sempre eles têm demanda por aqui, então aproveito quando estou mais livre para resolver questões burocráticas da empresa", diz Caldas. Já com os profissionais que atuam com fotos publicitárias a rotina pode ser mais programada. Roberta Guimarães, da Imago, explica que nesse segmento é tudo mais previsível. "A agência é que decide todos os elementos que vão compor as fotos. A equipe de criação fica responsável pelo casting. Quando é com pessoas, pela intensidade da luz, pelo pano de fundo. O fotógrafo só vai no lugar, que normalmente é o estúdio, e tira as fotos. Uma vez ou outra é que ele dá uma opinião", explica Roberta, que também desenvolve trabalhos com livros. "No livro você tem mais liberdade. Escolhe um tema e trabalha em cima disso", afirma.